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Ex-presidente da Confederação de Basquete é suspenso por 10 anos em Assembleia

A assembleia ainda pediu que o ex-mandatário sofra medidas jurídicas por gestão temerária.

A primeira Assembleia Geral Ordinária da Confederação Brasileira de Basketball sob o novo estatuto, com a participação de Federações, atletas, clubes e técnicos, foi realizada na última segunda-feira. Os 24 presentes, entre eles Oscar, Paula, Marcel e Cadum, decidiram, por unanimidade, o enquadramento do ex-presidente Carlos Nunes no ato de gestão temerária, com proibição imediata pelo prazo de 10 anos de ocupar e se eleger para qualquer cargo na CBB ou em suas afiliadas. Além disso, a assembleia deliberou que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis referentes a atos ilícitos de sua gestão.

A decisão foi tomada após a apresentação do relatório da auditoria contratada para revelar ao atual presidente Guy Peixoto a real situação financeira da entidade e a dívida acumulada ao longo dos últimos anos. O trabalho realizado pela BDO Auditores revelou um passivo até dezembro de 2017 de R$ 38 milhões e uma série de irregularidades.

O relatório apresentado pelo Secretário Geral da CBB Carlos Fontenele aponta irregularidades diversas: a omissão frequente de valores no balanço; a assinatura de um só funcionário, contrariando o estatuto, confissões de dívidas sem a devida comprovação de serviços prestados, existência de um sistema extra contábil; contratos assinados apenas pelo presidente com data além de seu mandato e adiantamentos para empresas sem justificativas que provocavam ajustes para viabilizar o balanço.

As não conformidades realizadas vão além. Foram apontados ainda gastos em cartão de crédito corporativo, pagamento de cruzeiros, viagens e hospedagem de familiares do ex-presidente, saques com o cartão corporativo sem justificativa, além do pagamento de cartão de crédito de familiares.

O ex-jogador Cadum, um dos eleitos para representar os atletas na CBB, foi quem levantou a questão da punição ao ex-presidente. A Assembleia aprovou ainda o pedido da atual gestão de prorrogação de 40 dias para a prestação de contas do ano de 2017, em nova Assembleia, com agenda única.

Por fim, foram aprovados ajustes no estatuto para se adequar a novas conformidades da FIBA e do Ministério do Esporte. Os atletas deixaram a Assembleia certos de que é preciso participar e colaborar para a reestruturação do basquete. .

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