La Blanquirroja jogará a repescagem para Copa do Mundo sem o atacante Paolo Guerrero suspenso.
Confesso que realizei uma pesquisa e não encontrei uma classificação para Copa do Mundo ou para repescagem da seleção do Peru com tanto drama quanto está onde o selecionado Bicolor jogará contra a Nova Zelândia.
Recapitulando... Haviam três pontos e cinco gols separando a seleção peruana da classificação, a equipe foi beneficiada por uma situação.
O Peru perdeu 2 a 0 para a Bolívia, que foi punida por escalar um jogador irregular nos últimos minutos. O Peru foi declarado vencedor da partida por 3 a 0. Sem este auxílio, La Blanquirroja não chegaria ao quinto lugar e conseguiria a vaga na repescagem.
Mas, no momento em que isso aconteceu, parecia improvável que tivesse muita influência sobre os processos. Os Peruanos caíram para 8º posição, e, aparentemente, estaria fora da disputa. Então eles encontraram o caminho. Nas últimas oito rodadas acumularam quatro vitórias e três empates, perdendo apenas para o Brasil. Houve alguns momentos de muita tensão para o coração ao longo do caminho.
Mas tudo isso agora é pequeno pelo drama que rodeia Guerrero. Ele marcou o gol do Corinthians na final do Mundial de Clubes contra o Chelsea há cinco anos. Mas provavelmente é verdade dizer que os jogos contra a Nova Zelândia deveriam ser os maiores jogos de sua longa carreira. Mas ele estará de fora, suspenso provisoriamente por 30 dias pela FIFA depois de testar positivo no antidoping realizado após o empate sem gols de outubro contra a Argentina.
Guerrero voltou para Lima do Rio, onde ele agora joga pelo Flamengo, para realizar sua defesa. O Peru confia em que sua carreira “exemplar” contará a seu favor. Ele estava sofrendo de uma gripe no momento do jogo, e o cenário mais provável é que a substância proibida, um estimulante, estava contida em seu remédio. Resta saber o quanto de fatores e a intenção serão levados em consideração.
No curto prazo, porém, a conseqüência mais importante é a ausência de Guerrero nos dois duelos contra a Nova Zelândia, na capital Wellington no fim de semana e em Lima no meio da semana seguinte. Guerrero é uma perda enorme, em dois sentidos.
Primeiro, ele é um jogador de nível mundial do Peru. Sua interpretação do papel do centroavante é maravilhosamente versátil. Forte e fisicamente imponente, ele é um mestre de manter a bola no ataque, segurando-a e trazendo companheiros de equipe para o jogo. Ele também é rápido o suficiente para ser o jogador atrás da linha defensiva contrária. Ele cria espaço para os outros, e marca gols com os dois pés alem da bola área.
Sua força no ar também significa que ele desempenha um bom papel defensivo, o que seria especialmente importante contra a Nova Zelândia que tem um repertório perigoso de jogadas laterais, faltas curtas e longas.
O Peru não tem um substituto do mesmo nível. Guerrero perdeu duas das 18 rodadas das eliminatórias. Na ocasião ele foi substituído por Jefferson Farfan, muito mais um atacante que se movimenta por amplas áreas, e por Raul Riudiaz, um atacante interessante, mas um jogador pequeno com estatura física pouco imponente. Sem Guerrero, o Peru perde sua plataforma de ataque.
Eles também perdem uma vital de auto-estima, e uma quantidade que tem sido desesperadamente escasso no futebol peruano nos últimos tempos. Até a sua recente série de bons resultados, eles passaram anos sem classificar na eliminatória da Copa do Mundo fora de casa.
O treinador Ricardo Gareca trouxe a calma necessária, colocando sua fé em um jovem grupo de jogadores e aderindo a eles até os resultados conquistados. O grupo adquiriu confiança. Mas isso é frágil. Sob a pressão, tudo poderia entrar em colapso, especialmente quando os jogadores olham ao redor do vestiário e não vêem a figura reconfortante de Paolo Guerrero pronto para subir para o campo ao lado deles.
Em seguida, é o maior teste até agora no desenvolvimento do grupo de Gareca. Eles têm fé suficiente na sua capacidade de enfrentar o desafio de jogar sem sua estrela?