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Opinião: Seleção de Santo Estevão coloca Serrinha em dificuldades com disciplina tática

O selecionado Santoestevense atuou no 4-2-3-1.

A Serrinha e Santo Estevão se enfrentaram em amistoso preparatório para o Campeonato Baiano Intermunicipal 2017 no último domingo (23) no estádio marianão, em Serrinha.

De um lado uma equipe pronta com a base da seleção campeã do Intermunicipal 2016 e muitos dos melhores jogadores da região. Do outro um time em formação com caras novas e sem experiência em jogos deste porte.

No entanto o selecionado Santoestevense antes apontado como potencial derrotado na partida surpreendeu, impôs dificuldades para a favorita Serrinha e teve inclusive chances de sair com a vitória na partida.

A superação e entrega dos jogados de Santo Estevão chamaram atenção de todos durante e depois do confronto. Porém a parte tática também foi de suma importância.

A equipe de Santo Estevão jogou no 4-2-3-1 bem compacto e isso dificultou de forma exorbitante o time do treinador Zé Carijé.

Como todo time com qualidade Serrinha tentou entrar tocando a bola e logo percebeu que seria complicado furar o bloqueio santoestevense, Bully e Marcos protegiam muito bem a zaga.

O trio do meio-campo formado por Caio e Pereira pelas pontas, mais Orea centralizado também ajudavam a marcar, e, foram primordiais evitando que a seleção de Serrinha fizesse jogadas em diagonal no meio de campo, situação que abre espaços na defesa adversária e cria oportunidades de gol na maioria das vezes. Jogada essa que um ano antes fora utilizada diversas vezes por Itaberaba naquela fatídica goleada em casa no Intermunicipal 2016.

Enfim voltando há 2017. O trio do meio evitava que os jogadores de meio serrinhenses Igor Tanquinho, Fabio Cruz e Tobinha entrassem em diagonal, sempre parando na marcação.

Assim restou a Serrinha apostar em chutes de longa e media distância e jogadas pelos lados. Mais uma vez sem sucesso! A primeira opção esbarava no goleiro Arnaldo que fazia boas defesas nas não muitas vezes que Serrinha conseguia finalizar e principalmente acertar o alvo. Já as jogadas pelos lados eram contidas pelos os pontas caio e Pereira que voltavam acompanhando os laterais serrinhenses, que faziam com que os mesmos tivessem muitas dificuldades em chegar e cruzar com qualidade para o homem gol Ery.

Nervoso com a dificuldade de sua equipe o técnico Zé Carijé teve uma boa sacada. Empurrou o volante Gilmar para fazer essa transição da defesa para o ataque e deixou o lateral Galego livre para ser quase um ponta e tentar fazer o dois contra um no lateral Santoestevense Vinicius. Funcionou por poucos minutos. A compactação do time local impedia até isso. O time estava em equilíbrio Caio e Vinicius tinha a cobertura dos volantes que dificultaram a tática de Zé Carijé. Que precisou abandona-la já que Caio e Pereira além de marcar saiam rápido e bem ao ataque que poderia causar consequências letais para a seleção de Serrinha.

Nem mesmo as entradas de Pitchako e Roni mudaram o panorama do jogo para Serrinha, que tinha posse de bola, mas não produzia grandes chances de gol.

No fim empate de 1 a 1 minimizado pelos serrinhenses e festejado pelos santoestevenses. Não pelo resultado. Mas por provar que talvez seja sim possível enfrentar favoritas com muita disciplina tática.

Claro que tem muito a se fazer, muito a se melhorar. Um jogo não é na opinião desse humilde repórter suficiente para mudar o “rotulo” de nenhuma das equipes. Serrinha continua favorita. Santo Estevão continua sendo um time com potencial. Mas nos faz ter uma perspectiva de que sim é possível ir além se manter a forma d atuar.

O selecionado local mostrou alguns pontos interessantes. Na frente penetração, mobilidade. Um bom senso de cobertura, recuperação e compactação defensiva.

Foi apenas o primeiro passo de um caminho tortuoso!

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