Ex-campeão dos médios, "All American" vinha de três derrotas consecutivas.
Amigos, amigos, negócios à parte. Protagonistas da luta principal do UFC Long Island, Chris Weidman e Kelvin Gastelum nunca negaram a simpatia entre eles. Mas alguém teria de sair com a moral mais elevada na noite deste sábado.
Ex-campeão dos médios, Weidman vinha pressionado por três derrotas seguidas. Já Gastelum não perdia desde 2015. Só que retrospecto não entra no octógono.
Afiado, Weidman partiu para cima no início do duelo, confiando no jogo de chão e até tentando uma chave de braço, sem sucesso, no entanto. No final do primeiro assalto, Gastelum acertou um direto de direita e levou o adversário ao solo.
No prejuízo, Weidman controlou as ações no segundo round e praticamente não foi ameaçado. Aparentemente mais inteiro na luta, o ex-campeão arranjou uma brecha no terceiro round e levou Gastelum para o solo. A partir desse momento, "All American" seguiu incessantemente na busca pela finalização, que veio com um katagatame.
Ao final do duelo, Weidman provocou o atual detentor do cinturão, Michael Bisping: "Pare de fugir. Eu estou de volta! Todo mundo sabe que eu sou o verdadeiro campeão!".
Lutador com mais socos desferidos entre as penas - 1,412, somando WEC e UFC -, Darren Elkins utilizou de um outro expediente para confirmar sua superioridade contra Dennis Bermudez no primeiro assalto: as quedas. Mas Bermudez soltou seu jogo em pé e conseguiu pontuar com socos e chutes. Elkins, por sua vez, seguia apostando no "infight".
No terceiro assalto prevaleceu a trocação, com ligeira vantagem de Elkins, que abocanhou a vitória na decisão dividida. Atual 12º colocado no ranking dos penas, "The Damage" alcança a quinta vitória nas últimas cinco lutas no Ultimate.
No embate entre os meio-pesados Patrick Cummins e Gian Villante, a teoria de que nem sempre quem sai mais machucado perde foi colocada à prova. No primeiro assalto, Villante "sobrou", aplicando golpes potentes no rosto de Cummings. Mas a partir do segundo assalto o panorama mudou. Cummings conseguiu neutralizar o jogo em pé do rival, e passou a ter o domínio da luta.
Ao contrário do round inaugural, Villante não conseguiu mais imprimir seu ritmo. Melhor para Cummings que, mesmo com um corte profundo na testa, seguiu mandando no duelo e venceu por decisão dividida.
Inaugurando o card principal, Thomas Almeida, um dos mais prospectados lutadores dos galos, e Jimmie Rivera, invicto há 19 lutas. Como era de se esperar, o embate foi equilibrado. O fator que pesou para o resultado final da luta foram os dois knockdowns aplicado por Rivera no primeiro round.
Na sequência, Thominhas igualou as ações e foi mais incisivo na troca de golpes. O assalto derradeiro manteve a tônica do combate, mas Rivera soube conservar sua vantagem, faturando a vitória na decisão unãnime. Assim, o porto-riquenho contabilizou o quinto triunfo em cinco compromissos no UFC e certificou a fama de algoz de brasileiros - já havia batido Pedro Munhoz e Iuri Alcantara.