Armadora e integrante da comissão técnica do Moto Club, armadora acredita no poder transformador do esporte.
Da redação, Santo André (SP) - Um dos grandes nomes do handebol do Maranhão, a armadora Silvia Helena Pinheiro está cheia de projetos desde que retornou à terra natal. Atleta com passagens por clubes europeus e com um currículo de competições como Jogos Olímpicos e Mundiais, vestindo a camisa da Seleção Brasileira, mais recentemente tem um importante plano que inclui se dedicar a descobrir novas 'Silvias' pelo Estado. Ao se juntar à equipe do Moto Club, de São Luís, na temporada passada, ela parece incansável. Hoje acumula as funções de jogadora, assistente técnica, mãe, esposa e ainda tem novos projetos em mente.
O mais importante deles é investir na formação de jovens praticantes do handebol, ajudando não só na formação esportiva, mas também como pessoas. Silvia, que saiu de uma zona carente e conquistou muitas coisas por meio do esporte, quer o mesmo caminho para as crianças da sua região.
O Maranhão já deu muitos frutos para a modalidade e, segundo ela, é capaz de dar muito mais. "Com incentivo e apoio, muitas promessas podem se destacar", exaltou. "Esse é um projeto pessoal que vamos dar início para formação de atletas cidadãos e o público alvo serão crianças e adolescentes" adiantou, lembrando que o esporte pode ser um fator transformador da sociedade.
Enquanto não estiver concluído, Silvia prefere não dar mais detalhes, mas acredita que trabalhar a base de forma consistente é a solução para que a modalidade possa crescer ainda mais no Estado. Para levar a ideia adiante, ela contará com o apoio do clube que a acolheu. "O Moto já conhece a causa, apoia e será um dos colaboradores. Em princípio, a sede será no bairro onde eu nasci, cresci e descobri o handebol", contou a atleta. "Eu já tinha a intenção de trabalhar com a base e com a formação de atletas mesmo antes de integrar a equipe do Moto Club", acrescentou.
Conciliar a atividade como auxiliar, jogadora e descobridora de talentos, além da rotina da vida pessoal tem sido prazeroso, segundo Silvia. "Me sinto realizada com minha filha Helena e poder conciliar a maternidade com o handebol está sendo uma experiência maravilhosa", disse. Tanto trabalho não parece ser pesado para ela, ao contrário, é algo que tem lhe trazido muita satisfação. "Vou continuar jogando esse ano e fazendo o que venho fazendo desde o início do projeto que sempre foi auxiliar a equipe nos treinamentos e jogos e ajudar o clube no que for preciso", contou a atleta de 36 anos.
Para este ano, a equipe ainda está montando a comissão técnica completa, enquanto isso, Silvia tem ajudado bastante as meninas que já fazem parte do elenco. "Vou continuar auxiliando, mesmo estando em quadra. Nossa comissão técnica ainda está sendo definida."
No ano passado, o novo formato da Liga Nacional de Handebol permitiu que clubes de todo o País pudessem disputar a competição, então dividida em Conferências regionais. O Moto Clube integrou a Conferência Nordeste e esse novo desafio abriu os olhos de Silva para outras possibilidades. "Diversos fatores e pessoas contribuíram para que voltássemos a fazer um forte projeto aqui no Maranhão, mas a Liga Nacional me despertou o desejo de continuar trabalhando para o crescimento do handebol não só dentro das quadras, mas também fora delas. O Moto Club pela segunda vez apoia o handebol feminino e isso já é um grande incentivo", destacou.
No ano passado, quando fez a estreia na Liga Nacional, o Moto Club não conseguiu se classificar para a fase eliminatória, porém, este ano, a veterana acredita que pode ser diferente, com mais tempo de trabalho, lembra do que a edição deste ano está prevista para começar em junho. Desde que voltou a jogar, Silvia já garantiu vários títulos estaduais com a equipe e o próximo passo é se sair melhor na principal competição do País na modalidade